O presidente em exercício da CNI (Confederação Nacional da Indústria), Robson Braga de Andrade, pediu nesta terça-feira ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva a suspensão da portaria que obriga as empresas do país a utilizarem o ponto eletrônico a partir do dia 25 de agosto.
Editada no ano passado, a portaria 1.510 prevê que a cada entrada e saída do funcionário da empresa seja registrado um comprovante impresso, que ficará com o empregado. Para isso, cada aparelho de ponto eletrônico deverá ter uma impressora. Os comprovantes seriam úteis ao funcionário por comprovarem as horas trabalhadas.
"Mostrei ao presidente que o ponto eletrônico vai criar uma burocracia a mais para as empresas, um custo", disse. De acordo com ele, só a indústria terá que investir R$ 6 bilhões em máquinas e equipamentos para viabilizar o ponto eletrônico dos funcionários. A regra vale para todas as companhias com mais de dez funcionários.
Andrade propôs ao presidente a suspensão da portaria e a criação de um grupo, envolvendo o Ministério do Trabalho, empresários e sindicatos, para debater uma medida que atenda ao interesse de todas as partes.
De acordo com o presidente da CNI, porém, as empresas não conseguiram ainda viabilizar mecanismos para a implantação do ponto eletrônico porque faltam máquinas no mercado.
Para Andrade, o ponto eletrônico é uma medida "absurda", que vai na contramão da Tendência de substituir o uso de papel por arquivos eletrônicos. "O trabalhador vai ter que guardar em torno de 50 metros de papel por ano durante cinco anos", disse ele.
Fonte: Folha On Line
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